tisdag, oktober 12

Adereços naturais: guirlanda de flores e cogumelo * -*

Eu adoro usar flores no cabelo! Por vezes, uso flores naquelas guirlandas típicas de festivais pagãos; por outras, seleciono pequenos ramos para usar como prendedor ou enfeitar tranças. As flores ajudam a dar um ar de leveza e alegria ao visual, sem falar naquele toque mágico que remete a contos de fadas.

Além das flores, também costumo usar frutinhas silvestres – comestíveis e não comestíveis – como adereço! Elas ficam muito bem em guirlandas, pois duram mais que algumas flores, o que faz com que o adereço dure por mais tempo.

Em uma das postagens de ontem, eu mencionei o tempo que passei no interioR desfrutando da natureza. Pois bem, aproveitei o tempo para aprender a fazer guirlandas! Eu costumava comprá-las prontas, mas queria fazer uma que, além de flores, tivesse cogumelos. Nisso, em um dos dias que me aventurei no bosque, aproveitei para coletar coisas que eu poderia usar como matéria-prima. O resultado foi o adereço da imagem abaixo:



Ah! As pequenas coisas da vida (-q)

Como não escrevi o passo a passo de como fiz a guirlanda e tampouco tirei fotos das etapas, infelizmente não conseguirei fazer um tutorial de como montá-la. Vai ficar para a próxima! Mas, entre os materiais que usei, posso citar: galhos de alecrim (sem as folhas), cogumelos comestíveis (shitake) e ligustro.

Essa última, muito comum na arborização de várias cidades, desperta pouca atenção das pessoas. Acho que poucos usariam seus pequenos frutos arroxeados em uma guirlanda por não os acharem tão atraentes. Mas a verdade é que, combinados com as cores certas, eles compõem um visual super harmonioso! Eu adorei o contraste entre o lilás e o tom escurecido dos cogumelos.

Na altura em que fiz essa guirlanda, comprei dois pezinhos de ardísia (ardisia crenata), planta que origina frutinhas vermelhas que se assemelham muito àquelas comumente usadas em enfeites de Natal no hemisfério norte. A grande vantagem é que os frutos dessa planta são perenes, assim, dá para aproveitá-los independente da estação! Pretendo usar alguns galhos no meu próximo projeto! Quando eu estiver trabalhando nele, cuidarei para tirar fotos e criar um tutorial.

E, para finalizar, como não podia deixar de fazer, colocarei aqui o link para algumas musiquinhas que embalaram a edição destas e de outras fotos que tirei nos meus passeios bucólicos. Lembro-me de ter ouvido repetidamente duas músicas da trilha sonora de The Witcher 3 (o jogo). Desfrute!

🎧The Witcher - The Nightingale.

🎧The Witcher - Commanding Fury.

måndag, oktober 11

Blogs estão démodé?

Há muito eu me pergunto se vale a pena manter um blog em pleno 2021. O formato do que chamamos genericamente de “blog” mudou radicalmente na última década, sobretudo com a chegada de redes sociais como o Instagram. Se você é tão saudosista quanto eu, certamente se lembra com carinho de nomes como myspace e livejournal, não é mesmo?

Lembro-me da época em que as pessoas não só escreviam longas postagens em seus blogs pessoais, como também comentavam nos blogs umas das outras, com réplicas e, muitas vezes, tréplicas, as quais eram lidas por vários usuários engajados na discussão. Foi a época dourada da internet.

Quem viveu isso tudo sabe o quanto as coisas mudaram da década de 2010 para cá. Os criadores de conteúdo (e, por favor, não coloquemos os criadores de conteúdo no mesmo balaio dos influenciadores digitais, existe diferença!!), em sua grande maioria, migraram para o YouTube, formato que tomou o espaço dos famigerados blogs com um tipo de mídia muito mais fácil de ser consumida pelo grande público. Embora não seja fácil roteirizar, gravar e editar um vídeo, convenhamos que assisti-lo é muito mais fácil do que ler um texto, certo?

Na mesma leva, outros formatos de blog centrados em imagens ganharam espaço, alguns mais de nicho, como o Tumblr, e outros mais populares, como o Instagram. A partir desse momento, as pessoas passaram a fazer uso quase que exclusivo de imagens e vídeos para mostrar o seu dia a dia, os chamados vlogs. Como escrever dá trabalho e fazer vídeos rende mais viewers, o formato de blog tal como conhecíamos definhou.

O fato é que é muito mais fácil alimentar uma rede social apenas com imagens, textos curtos e hashtags do que escrever textos bem estruturados. Não estou com isso desmerecendo esse tipo de conteúdo. Eu tenho uma vaga noção do quão trabalhoso é criar esse tipo de mídia, pois, além de habilidade, é preciso investir em equipamentos, tais como câmera fotográfica e um bom kit de lentes; sem falar nas noções mínimas de como usar programas de edição de imagem, e por aí vai.

Contudo, não deixo de achar um tanto prejudicial essa impaciência que as pessoas têm ao se depararem com textos um pouco mais longos. A preferência é por conteúdos fáceis de digerir, rápidos e que não exijam muito esforço. Pergunte-se: qual é o esforço que você faz para navegar pelas belas imagens do Pinterest? Agora, garanto que ao se deparar com blocos ligeiramente grandes de texto em um site, você “salta” os olhos por entre o texto na busca de palavras-chave, não é? As pessoas não têm mais tempo para “perder” com textos longos, por isso, é preciso criar um conteúdo seco, rápido e esteticamente atraente. Não é à toa que a geração Z assiste a videoaulas usando o recurso do “speed watching”...

Hoje, dificilmente uma pessoa conseguirá atrair um público que consuma textos nos quais ela fala sobre si sem que, primeiramente, tenha conquistado pessoas por meio de uma imagem capaz de “fisgá-las”, por assim dizer. As chances de você ter poucos seguidores é grande se você é do tipo que prioriza textos em vez de imagens.

E, mesmo os sites que ainda sobrevivem com textos precisam render-se ao, amado por uns, odiados por outros, SEO! Ah! Quem já trabalhou com produção de conteúdo em redações sabe a chatice que é ter que produzir um texto que se encaixe dentro da caixinha dos mecanismos de busca. Para quem não faz ideia do que seja SEO (a ignorância é uma benção!), de modo exageradamente resumido, trata-se de um conjunto de técnicas usadas para fazer com que um site seja bem ranqueado nos mecanismos de busca. Sabe aqueles textos com parágrafos curtos, palavras-chave repetidas ao longo do texto e uso de títulos e subtítulos? Bom, você já deve ter visto por aí 😜

Por vezes pensei em abandonar o blog, afinal, quem vai lê-lo? Tirando uns gatos pingados aê que eu conheço, são poucas as pessoas que visitam e efetivamente leem os textos. Mas, diante de algumas reflexões, achei que seria incoerente da minha parte deletá-lo. Se eu quero que o modelo “antigo” de blogs continue a existir, ainda que em redutos de saudosistas, nada mais justo que continuar a produzir textos the old way.

E, veja, não se trata de renegar o que é novo. Eu acredito que, semelhante ao que fazemos no mundo real, em que compramos roupas antigas em brechós, fazemos uso de toca-discos e tentamos reproduzir sensações do que acreditamos ter sido vivido pelas gerações anteriores a nossa, podemos continuar a experienciar o que a internet tinha de bom no passado e que, hoje, está “démodé”. Assim, pessoas que não viveram a “nossa época” também podem conhecer e desfrutar daquilo que ela tinha a oferecer.

Da mesma forma que hoje pessoas alternativas com os braços cheios de tatuagem desfrutam de um sincretismo estético que mistura trajes de camponeses europeus do século XVIII com moda pin up da década de 1950 (utilizando redes sociais para divulgar seu estilo), podemos escrever blogs à moda antiga, divulgando-os nas redes sociais do momento na esperança de encontrarmos leitores que sintam falta do formato antigo.

Por isso... resistamos!

~Chá de sumiço – receita ☕

Nossa! Já é outubro! Eu planejei tanta coisa para postar aqui... Fui adiando e, quando dei por mim, metade do ano já tinha passado. Não é que eu estivesse super ocupada a maior parte do tempo, pois, no geral, foi mais falta de organização/inspiração mesmo. Deixei a maior parte das ideias de textos inacabadas e perdi a vontade de dar continuidade às coisas.

Na tentativa de reverter isso, passarei a planejar os temas, escrever os textos em sequência e, finalmente, programá-los para que sejam postados automaticamente! Quem sabe assim eu consiga manter um ritmo mínimo de postagens. E, para tentar recomeçar, postarei aqui a receita para um delicioso chá de sumiço! O mesmo que tantas vezes tomei para sumir do mapa.

~Ingredientes:

  • 1 xícara de água;
  • 15 g de flores de camomila;
  • 2 colheres de chá de flor-de-maracujá;
  • 1 rodelinha de laranja desidratada;
  • Uma pitada de noz moscada;
  • Almofadas confortáveis;
  • Uma mantinha;
  • Um bom livro;
  • Uma sombra sob uma árvore em um local sem wi-fi;
  • Canela a gosto :D

~Preparo:

  • Acrescente a água fervida em uma xícara com as flores-de-maracujá e camomila;
  • Adicione a rodelinha de laranja desidratada;
  • Acrescente a pitada de noz moscada e a casca de canela;
  • Coloque um pires sob a xícara para abafá-la e aguarde 5 minutos;
  • Desligue o wi-fi;
  • Retire o pires, pegue a mantinha, as almofadas e escolha um livro;
  • Sente-se confortavelmente debaixo de uma árvore (de preferência que não tenha pombos);
  • Suma.

Agora... um breve retrospecto deste ano.

Quem acompanha o meu blog sabe que eu moro em uma cidade grande e que, por vezes, viajo para o interior a fim de visitar minha família. Eu sou uma pessoa bem urbana, gosto de estar onde “as coisas acontecem”, porém, às vezes tenho a necessidade de dar um tempo e vivenciar uma vida mais pacata, próximo à natureza. Sabe aquela coisa de comprar frutas e verduras fresquinhas e preparar comidas saudáveis? Ir até o quintal e colher ervas e temperinhos para usar nas receitas? É claro que as pessoas podem fazer isso em uma metrópole, mas eu me refiro a fazer essas coisas em um ambiente mais arborizado, com flores, grama, cogumelinhos, ouvindo o barulho das árvores soprando com o vento. Enfim, o que eu estava precisando era “me embrenhar no mato”! E assim fiz. 🍄

No começo do ano, a pandemia ainda estava bombando (muito mais que agora). Por isso, eu e meu namorado achamos melhor ficar no interior até que as coisas se ajeitassem. Ainda que estudemos/trabalhemos remotamente, nós gostamos de sair por aí, o que não era seguro naquela altura. Assim, passamos um bom tempo na minha cidade antes de retornar. Ficamos lá até o começo do outono, e o bom é que eu podia dar uma pausa nas revisões para tomar um pouco de sol no jardim. Nos finais de tarde, íamos num gramado bem grande que tem no bairro para conversar.

Também aproveitei para me “embrenhar no mato”, tirar algumas fotos das árvores e de insetos e sentir aquele cheiro característico de locais arborizados ^^. Até carrapato peguei! Ou melhor, o carrapato que me pegou (-q).

Até havia planejado postar algumas fotos, bem como as músicas que ouvia enquanto as editava, mas conforme descrevi no início deste post, acabei me atarantando com outras coisas e não postei nada. Também queria postar sobre algumas guirlandas de flores pagãs que fiz para usar no cabelo, mostrar meus primeiros bordados e escrever sobre alguns jogos maravilhosos que joguei :D. E pretendo fazer isso, embora com certo atraso e.e Já diz o ditado: antes tarde do que nunca!

Eu também tenho várias novidades e realizações pessoais legais que gostaria de compartilhar, mas tudo estruturado em postagens que tenham um mínimo de unidade coerente. Como já consegui adiantar parte do meu trabalho desta semana e amanhã é feriado, hoje mesmo prepararei os próximos textos.

No mais, espero que gostem do chá de sumiço e o aproveitem neste clima friozinho de Curitiba!

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