onsdag, december 30

Desalma – uma série brasileira sobre bruxas e paganismo [spoiler free]

A bruxa Haya, interpretada por Cássia Kis.

Escrita por Ana Paula Maia e filmada na serra catarinense, a série de suspense/terror nacional promete agradar fãs de nomes como Midsommar, A Bruxa e Stranger Things.

Produzida pela globoplay, Desalma toma como gancho narrativo o ritual pagão de Ivana-Kupala (festividade eslava que ocorre no solstício de verão), realizado por descendentes de ucranianos na pequena cidade fictícia de Brígida, local que serviu de palco para o desaparecimento de uma jovem no ano de 1988.

Envolta neste mistério inicial, a série se desenvolve a partir dos conflitos geracionais entre duas famílias, os Skavronsky e os Burkos, centrando-se em três mulheres: Haya Lachovicz (Cássia Kis), Ígnes Skavronsky (Cláudia Abreu) e Giovana Skavronsky (Maria Ribeiro).

Após o suicídio do patriarca da família, Roman Skavronsky, Giovana se muda para a cidade de Brígida com suas duas filhas nas vésperas da comemoração do famoso ritual pagão. Paralelamente, coisas estranhas começam a acontecer com o filho de Ignes, amiga de infância de Roman. Ao revirar o passado, Ignes e Giovana descobrirão que os acontecimentos estranhos que vivenciam têm forte ligação com um segredo terrível do passado.

Inspirado em produções como A Bruxa (2015), Dark (2017) e Midsommar (2019), a fotografia da série supera expectativas, contando também com uma trilha sonora caracterizada por synths oitentistas que remetem a Stranger Things. 

Assisti a série pouco tempo após o lançamento e recomendo para quem curte bruxaria e paganismo europeu. 

Dos pontos positivos da série eu citaria a fotografia, que ficou simplesmente magnífica! Imagine o cenário de Dark (a cidade pequena rodeada por florestas) habitado pelos cultistas de Midsommar dançando em torno da fogueira com suas coroas pagãs de flores. A única diferença é que o aspecto colorido do último não foi colocado em Desalma, na qual predominam tons... macabros O.o Não que Midsommar não seja coloridamente macabro.

A trilha sonora da série foi feita por ninguém menos que o cara responsável pela OST de Dark. A música casa tão bem com a ambientação da série que chega a dar arrepios. Outro ponto excelente foi a representação da cultura eslava, que contou com a introdução de criaturas míticas (como as terríveis malkas), da música, comida e dança folclórica, além das maravilhosas pinturas decorativas feitas em ovos, conhecidas como pisanka. O roteiro também conta com muitos diálogos em ucraniano * -*

Contudo... nem tudo são flores. A produção também conta com vários pontos negativos que acabam atrapalhando bastante a imersão da narrativa. O que mais me incomodou foi o didatismo exacerbado do roteiro: em vez de apenas apresentar os fatos e deixar que o telespectador ligue os pontos entre os acontecimentos, a série entrega tudo de forma exageradamente didática. As personagens explicam diversas vezes a mesma coisa e não há de fato espaço para formulação de teorias sobre nada. Quando você acha que algo vai ficar em aberto para exploração, algum personagem logo explica o que está acontecendo. E por mais contraditório que possa parecer, quando eles tentam criar suspense, acabam demorando muito pra revelar algo que todo mundo já sacou. Os diálogos são bem fracos e apresentam muitos vícios da globo. Por vezes tive a impressão de estar assistindo a uma novela. Acho que esse é um ponto a ser melhorado na temporada.

A atuação do elenco sênior (Kassia Kis e Cláudia Abreu dispensam comentários!) contrasta bastante com a do núcleo jovem, que certamente precisa melhorar um pouco na questão da expressividade.

Outra coisa que não gostei foram algumas cenas bem desnecessárias de referências a alguns filmes de terror que não serviram de nada para a narrativa e ficaram totalmente soltas no meio das cenas, apenas como referências vazias. 

Acredito que ressaltei mais pontos negativos do que seria o esperado para uma recomendação de série, mas achei que eram pontos pertinentes que qualquer fã acostumado com produções inteligentes como Dark e Midsommar deveriam saber. Apesar dos pontos aqui citados, vale a pena conferir, até mesmo por ser a primeira produção nacional deste naipe. A série já foi renovada para uma segunda temporada e eu espero que os produtores melhorem a parte da narrativa. 

É caro que nenhuma produção é perfeita, e considerando os pontos positivos e negativos de Desalma, certamente os bons se destacam.

No mais, se você curte cenários bruxescos, florestas macabras, crianças bizarras e temática pagã europeia, Desalma certamente é uma série pra você! A seguir, o trailer oficial:


Projeto decoração I – metrópole

Moldura artesanal de galhos falsos

Salve leitores deste blog decrépito! A garota que vos escreve resolveu dar as caras aqui para finalmente iniciar a série de postagens com inspirações e ideias de decoração que há muito pretendia fazer. Confesso que lá em meados de março eu ainda acreditava que o isolamento social causado pela pandemia era o que faltava para eu criar vergonha na minha cara sardenta e voltar a escrever. No fim das contas, em vez de vergonha, só ganhei mais sardas 😁

Pois bem, sem mais enrolações, vamos ao que interessa. Eu sou apaixonada por decoração de interiores, fato que me faz passar literalmente h-o-r-a-s olhando meu feed do Pinterest (siga-me!) em busca de inspirações. Uma das coisas que mais me interessam são alternativas para enfeitar a parede sem precisar furá-la! Afinal de contas, moro em apartamento alugado, então sair furando a parede não é bem uma opção. Pensando nisso, busquei maneiras simples de deixar o meu cantinho no meu estilo, sem, contudo, danificar a tintura.

Neste post vou mostrar como: i) colocar desenhos na parede com uma moldura que imita galhos de árvore!; e ii) decorar móveis com ilustrações adesivas de cogumelos! Os materiais necessários são de baixo custo e ambas as ideias são fáceis de fazer. Primeiramente, vamos falar sobre os materiais necessários. Você vai precisar de:

  • Imagem impressa em papel couché ou textura mais grossa;
  • Fita tusa cor de madeira;
  • Tesoura;
  • Agulha de bordado;
  • 50 centímetros de papel adesivo transparente;
  • Meada na cor marrom;
  • Fita crepe (ou outra de sua preferência).

Principais materiais para a moldura
Ilustrações de cogumelos e plantas

O primeiro passo para criar a sua moldura é cortar dois pedaços da fita tusa (usada para fazer cestos): uma para colocar nas bordas e outra para o trançado dos "galhos". Um detalhe importante é a largura da fita: conforme mostra a imagem, a fita que comprei é mais larga, de modo que tive que partir o comprimento em dois para deixá-la mais fina. Recomendo seguir esse passo por ser mais fácil trabalhar o trançado dos galhos. O tamanho da fita a ser utilizada depende do tamanho da moldura e do quanto você quer trançá-la :) A ideia é colocar um pedaço da fita ao redor da imagem (no formato oval) de modo que fique esticada, costurando-a nas bordas do desenho com fio de meada para o acabamento. Os outros dois pedaços divididos devem ser somados a mais 5 cm tendo em mente os trançados.

Após contorcer uma das divisões da fita, fazer o mesmo procedimento na outra metade. Quando finalizar, unir as duas metades, transpassando as duas partes de ponta à ponta. Nas extremidades, você deve dobrar os galhos que estão em uma única metade (extremidade inferior da imagem) e prender com um nó invisível de meada as partes superior e inferior das partes trançadas ao pedaço costurado na borda da imagem. Em seguida, corte as sobras.

Eis o resultado final :)

Para os adesivos personalizados, tudo que você precisará é de uma boa impressão em papel couché e o papel adesivo transparente. Primeiramente, recorte cada ilustração dos cogumelos cuidando para que as bordas do recorte fiquem suaves. Em seguida, abra apenas uma pequena parte da folha adesiva e cole a superfície frontal da ilustração para o lado colante do papel adesivo, pressione a figura contra o papel para garantir que está bem aderido e feche a superfície não colante novamente.

Na sequência, recorte o papel adesivo no mesmo formato das ilustrações e, por fim, abra cada uma delas e cole sobre a superfície do móvel. A vantagem desse tipo de adesivo é que ele não danifica os móveis, sendo facilmente removível.

Estante com adesivos de cogumelo

Eu costumo imprimir em papel de fotografia imagens de esquilos, ursinhos e raposas - meu animal preferido depois dos bichanos. O conjunto das imagens transforma a parede branca em um mural bucólico lindo de ver :) É claro que também há a opção de usar plaquinhas decorativas personalizadas, embora o custo-benefício delas não seja tão bom, afinal, elas são mais caras e possuem um adesivo dupla face que acaba com a tintura da parede. Outra opção seria colocá-las em molduras, o que melhora ainda mais o acabamento. Porém, será preciso desembolsar ainda mais pelas molduras. Sobre plaquinhas decorativas, aguardem meu próximo post! :) E aí? O que acharam da decoração?

torsdag, mars 26

Quarentena & Plague Inc.

Devido à pandemia de coronavírus, estou trabalhando em regime home office desde a última quarta-feira, embora a mudança brusca de rotina e os dias de isolamento deem a impressão de fazer bem mais tempo. A sensação que eu tenho ao ligar nas notícias (que vejo majoritariamente via youtube) enquanto preparo o café da manhã é de estar vivendo dentro de um filme de ficção científica. Os dias estão silenciosos, as ruas quase desertas, com pouquíssimos carros e ônibus circulando. E isso que moro no centro de uma cidade grande. Parece que todo dia é domingo. Lojas, restaurantes, tudo fechado. Até quarta-feira passada a vida seguia normal. De repente, puff! Todo mundo fica fechado em casa em uma quarentena.
Ficar fechada em casa nunca foi um problema pra mim, ainda que eu perceba que não é saudável, mesmo pra uma pessoa antissocial como eu. Eu gosto de trabalhar sozinha, no meu espaço. Não precisar interagir com as pessoas todos os dias e poder ficar mais à vontade. Mas a situação atual está estranha. Minha rotina é trabalhar na frente do computador até mais ou menos umas 5 da tarde e depois preparar meu café, abrir a steam pra jogar e o discord pra conversar com a galera. Por mais estranho que pareça, me adaptei à rotina de ouvir as noticias enquanto jogo (tenho acompanhado as coletivas de imprensa ao vivo).
É estranho parar todas as atividades tão subitamente. No mesmo dia que decretaram regime home office na editora, recebi e-mail da professora de sueco cancelando as aulas. O curso de polonês (ainda não comentei aqui, mas comecei curso há umas duas semanas) também foi cancelado. Na mesma noite proibiram as viagens interestaduais. Em torno de umas 8 da noite desse dia, teve panelaço contra o presidente. O negócio foi grande. Mas não para por aí. Na semana passada minha mãe fez uma cirurgia pra retirar o útero. A cirurgia foi na segunda-feira e ela acabou tendo reação da anestesia: dor de cabeça muito forte e ânsia de vômito. Teve que ir pro hospital umas duas vezes pra tomar soro. Foi só no sábado que ela começou a melhorar. Digamos que hospitais não são exatamente o melhor lugar pra se estar no meio de uma pandemia... Ainda que seja numa cidade pequena que ainda não apresentou casos. É... são tempos estranhos oO
A parte boa aqui sendo bem egoísta é estar trabalhando em casa. Nada como poder acordar uns minutinhos antes de dar o horário heuehueheu. Eu costumo levantar às 5:40 da manhã pra tomar um banho, engolir o café da manhã rápido (e cedo demais, de forma que não tenho apetite...) pra sair de casa às 6:25 se eu quiser ir caminhando com calma até o ponto de ônibus, que fica a 15 minutos de casa. De busão vai rápido: 12 minutos e eu já desço perto do trabalho, fora mais uns 8 minutos de caminhada. Começo a trabalhar às 7:30 :c Agora, 8 horas eu ainda estou na cama, posso tomar meu café de boas enquanto ligo o computador e organizo os arquivos para trabalhar. 
Esse ganho de tempo diário acaba sendo positivo pra quem mal tinha tempo pra fazer o que gostava, como jogar 🎮
Nesse clima de quarentena, nada melhor que jogar Plague Inc., jogo em que você é um bioterrorista cujo objetivo é dizimar a humanidade. Não por acaso, ainda nas primeiras semanas do surto de coronavírus na China ele bateu record no número de downloads. Veja aqui: link.


Na imagem acima eu já havia avançado bastante no quesito infecção com a minha bactéria de sífilis :B
Pra quem não sabe, o Plague Inc. foi muito elogiado pelo Center of Diseases Control (CDC) dada a abordagem realista com que trata o comportamento de microrganismos patológicos e surgimento de pandemias. Ao lado de Spore - que simula a evolução desde seres unicelulares permitindo ao jogador criar diferentes espécies - o jogo tem sido usado no ensino de biologia em escolas. Portanto, é uma ótima pedida pra quem curte microbiologia 🔬
No início da campanha você deve criar uma super bactéria (mas também existe a campanha de vampirismo). Após a primeira vitória, outros parasitas vão sendo destravados: vírus, fungos, protozoários e até onde eu me lembre, vermes. Um dos pontos cômicos do jogo são as notícias que aparecem no topo da tela, fazendo alusão a elementos da cultura pop ("Terry Pratchett voted best author ever!") e games (Half Life 3 confirmed!"). À medida que a doença avança pelo mundo, o jogador precisa atrasar o desenvolvimento da cura - cujo progresso é representado pelo ícone azul no canto inferior direito da tela. 
É claro que esse não é o único jogo com o qual eu tenho me entretido durante a quarentena, inclusive pretendo fazer uma postagem listando algumas recomendações de jogos com temática pós-apocalíptica. Mas até lá: sobrevivamos!

söndag, mars 8

Jag är på väg!

A segunda postagem de 2020 será dedicada a dois acontecimentos muito fofos e especiais na minha vida: (i) finalmente comecei a fazer curso de sueco! (yey!) e (ii) conheci um sueco no busão a caminho do trabalho! E o mais engraçado é o que liga esses dois acontecimentos: conheci o cidadão exatamente no último dia que eu tinha para fazer a minha matrícula! oO
Bom, não sei se já mencionei isso aqui no blog, mas eu sou absolutamente apaixonada pela Suécia, pela cultura sueca e pela língua sueca! Já havia começado a estudar o idioma por conta própria com alguns materiais que encontrei online, mais especificamente o livro nya mål, que vinha com os áudios. O livro era todo em sueco, então não havia nem aquela ponte entre o inglês para ajudar. Aprendi bastante coisa, mas acabei largando os bets. Até o início deste ano não estudei mais nada relativo à língua, mas como os tempos de mestrado acabaram e voltar a aprender idiomas era um dos meus objetivos, resolvi dar uma fuçada em cursos presenciais.

Não me recordo bem quando, mas há alguns anos eu já tinha pesquisado cursos e descobri que aqui em Curitiba eles ofereciam curso de sueco na Swedcham (Câmara Sueca de Comércio). No site não havia informações acerca de valores, então não fui atrás. Eu imaginava que seria super caro, afinal, é uma língua super exótica e que poucas pessoas têm interesse em aprender. Os únicos perdidos deviam ser os engenheiros que trabalham na Volvo e conseguem transferência pra lá hehehe. Pois então, esse ano finalmente escrevi para a responsável pela instituição aqui na cidade e recebi uma resposta muito legal: o curso era apenas duzentos e trinta reais mensais, com material incluso!


No geral, um valor desses por um curso de línguas é muito barato! Claro, seria apenas uma aula por semana (duração de 2 horas), o que de fato limita muito o contato com a língua. Porém, é muito melhor que ficar sonhando em aprender e não fazer nada. Puxei o meu namorado pra fazer comigo (além de querer companhia e alguém pra praticar, tinha medo que não fechasse turma :c) e aguardei até dar a resposta final. Não é caro, mas é dinheiro heueheueheu. Aí que vamos pro segundo acontecimento.

Pois então @_@. Como falei no post anterior, eu comecei a trabalhar em uma editora no final do ano passado. Por sorte, pego apenas um ônibus para ir ao trabalho. Estava lá eu parada na fila do lado de um senhorzinho esperando o busão chegar. Eu já tinha visto esse senhor outras vezes, percebi um sotaque bem forte que lembrava de colono, mas também de estrangeiro. Ouvi por alto ele falando algo sobre "lá (não peguei onde era) nós"...., "aqui no Brasil vocês...". Eram frases que faziam parecer que ele não era daqui. Até que nesse dia eu ouvi ele (que sempre puxa assunto com as pessoas [sem receber muita resposta {curitibanos ¬¬'}]) perguntar para um senhor com cara de tédio: "o senhor sabe o que é 'fika'? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Eu mal dei um respiro, virei pra ele e perguntei: "o senhor é sueco?"

Ele me respondeu com uma entonação meio de colono "eu sou". Eu não sei o que foi que me deu, mas mesmo tendo um pouco de receio de falar do nada outro idioma com um nativo antes das 7 da manhã, falei automaticamente e sem o menor medo: "Jag talar lite svenska" (eu falo um pouco de sueco). O senhorzinho (ele tem uns setenta e poucos anos) deu uma risada e falou algumas coisas comigo em sueco. Aí já de volta no português (porque o meu sueco não é lá essas coisas), expliquei que eu perguntei se ele era sueco porque ouvi a palavra 'fika'. Para quem não sabe, fika é uma pausa para café que os suecos fazem várias vezes ao longo do dia. É um momento para relaxar e interagir com as pessoas, seja em casa, na escola ou no trabalho. É algo muito forte na cultura deles.

Eu obviamente tive que conter a minha empolgação na hora, pois quando acontece algo relacionado a alguma coisa que eu goste muito, eu fico eufórica! * -* Eu finalmente conheci um cidadão sueco! Eu estava falando sueco com um nativo! Awwwwwwwwwwww!

Como ele sempre pega o mesmo ônibus que eu (e inclusive desce no mesmo ponto, pois trabalha em um parque perto da editora), sempre nos cumprimentamos e nos despedimos no idioma. Naquela mesma semana levei meu livro pra ele ver. Ele gosta muito de conversar, é um senhorzinho cheio de histórias para contar! Ele é um engenheiro florestal que ensina agricultura urbana pelas ruas da cidade, planta suas hortinhas e faz denúncias quando vê irregularidades! É muito preocupado com o meio ambiente e se revolta com as plantações de soja aqui do país. Certamente é uma pessoa que faz a diferença pro meio ambiente. Certa vez me falou: "as coisas vão melhorar pra vocês aqui" (se referindo a problemas ambientais). Ele está sempre com uma sacola ecológica cheia de garrafas pet e terra e usa um chapéu de pescador. Parece muito aqueles alemães naturalistas que eram personagens de romances do século XIX xD Aqueles que apareciam em cidades pequenas empolgados caçando borboletas e fazendo descrições da flora e fauna local.

No dia que conheci ele eu fiquei tão eufórica que, descendo do busão, mandei trocentas mensagens pro meu namorado: "amoR, conheci um senhorzinho SUECO!", "falei sueco com ele", etc etc etc. Para mim foi um grande acontecimento, dado meu fascínio por conversar com pessoas de outros países, vindos de culturas diferentes da nossa. Convenhamos: não é todo dia que a gente esbarra num sueco. E o mais engraçado foi ter sido no exato último dia que eu tinha para escrever um e-mail para a professora confirmando minha participação no curso. Foi eu chegar no trabalho, abri meu e-mail pessoal e enviei: gostaria de confirmar a minha inscrição. Ela respondeu bem rápido (geralmente leva uns 2 dias para responder hehehe). Véeeeeei, eu sou bem cética, mas levando pro lado da brincadeira: isso foi um sinal ou o quê? xD No mínimo uma coincidência muito bizarra.

Pois bem, como podem constatar da imagem, comecei o curso. Uma dia antes de começar eu comentei com o senhorzinho que ia ter minha primeira aula oficial. No outro dia ele me perguntou como foi (em sueco). Aí aproveitei pra tirar umas dúvidas de pronúncia - as quais ele respondeu prontamente xD. O que eu achei muito legal é que ao contrário de alguns gringos (como alemães), que automaticamente mudam para o inglês quando percebem que a pessoa não fala tão bem a língua (no caso de pessoas que estão estudando o idioma), ele não faz isso. Pra mim isso é muito respeitoso, além de bater com a fama de pessoas super educadas que os suecos têm.

Well, na próxima terça terei a minha segunda aula. Além do curso e das minhas conversas com o meu amigo sueco (ele parece um vovozinho fofo * -*), tenho procurado canais de nativos ensinando a língua. Estou super empolgada e até criei uma playlist com musiquinhas pra ter mais imersão xD Infelizmente é bem difícil encontrar bandas do meu gosto que cantem em sueco. Por isso estou tendo que ouvir umas popzinhas mesmo : p Mas quando a vibe é muito grande, vai um Roxette mesmo (yeyeyeeeee, dressssed for sucessssss). Obs: ODEIO ABBA 😶

Hej då! Ha en bra vecka!

“There is always a lighthouse, there’s always a man, there’s always a city” — 10 anos de BioShock Infinite

Em BioShock Infinite, saímos da cidade submersa de Rapture e subimos aos céus até a cidade flutuante de Columbia. Há uma década estava sen...