Este artigo é bem extenso e fala de um jogo muito importante para mim... Hoje estou aqui para falar sobre uma das coisas que mais marcaram na minha vida, algo muito especial para mim e que eu gostaria de dividir com seja quem for que visite meu blog. Em uma das primeiras postagens eu prometi que futuramente ia criar um post dedicado a ele. Sendo assim eu comecei a trabalhar no artigo acrescentando e removendo coisas até que ele estivesse satisfatório. Mesmo depois de finalizá-lo eu o deixei guardado caso eu resolvesse mudar alguma coisa. Devido à importância que GCK tem para mim, eu quis escrever sobre o jogo, acrescentar algumas coisas sobre os personagens tiradas da revista e também adicionar meus próprios screen shots feitos enquanto eu jogava. Ao longo deste artigo não me limitarei a falar somente do jogo; mas de outras coisas que se relacionaram a ele, por isso não estranhe se do nada eu começar a falar sobre música, isso não significa que eu esteja saindo do contexto do artigo.
Comecei a jogar GCK quando eu ainda nem tinha o meu computador. Infelizmente não me recordo da idade exata que eu tinha na época, só sei que era entre 12 e 13 anos. Meu tio como sempre havia comprado um jogo por achar interessante, mas ele comprava e quem jogava era eu (sortuda). Esse foi o primeiro jogo mais complexo que eu joguei na minha vida, após anos de Super Mário, Charlie The Duck, South Park e demais joguinhos daquelas revistas de “500 Jogos – Sem instalação!! :D”.
Eu queria jogar todos os dias e estava viciada aponto de sonhar que jogava durante a noite. Claro que eu não podia me divertir nesse universo quando bem queria porque o computador não era meu, dessa forma acabei ficando um longo e doloroso tempo sem ter contato com ele. Finalmente numa tarde ensolarada e tediosa, emprestei a revista (manual do jogo) que estava jogada num canto e a fim de matar a saudade, comecei a ler. E que leitura fascinante! Nunca me diverti tanto lendo um manual!
Eu queria jogar todos os dias e estava viciada aponto de sonhar que jogava durante a noite. Claro que eu não podia me divertir nesse universo quando bem queria porque o computador não era meu, dessa forma acabei ficando um longo e doloroso tempo sem ter contato com ele. Finalmente numa tarde ensolarada e tediosa, emprestei a revista (manual do jogo) que estava jogada num canto e a fim de matar a saudade, comecei a ler. E que leitura fascinante! Nunca me diverti tanto lendo um manual!
O manual falava sobre todos os personagens, estruturas encontradas enquanto exploramos as ilhas, armas, encantamentos, interface do jogo e movimentação dos personagens, etc, mas tud escrito de uma forma engraçada e descontraída. O melhor de tudo é que eu não havia avançado muito nos níveis do jogo e então boa parte do que eu estava lendo era desconhecida para mim. Eu havia empacado na segunda missão do capítulo dois dos Meccs (cada capítulo é composto por diversas missões em ilhas diferentes).
A história do jogo se passa em exóticas ilhas de um planeta desaparecido há muito tempo. Além da beleza dos gráficos que são muito caprichados para um jogo feito há uma década, o cenário é bem atmosférico, com sons de fenômenos naturais (um delicioso farfalhar ouvido mais intensamente quando você se aproxima das árvores), o vento quando você sobe no alto de uma montanha, o barulho da água do mar em contato com estruturas como pontes de madeira e barcos ancorados e o som dos pássaros combinados com os produzidos por criaturas nativas, como monstros que nunca aparecem no jogo e que muito provavelmente se encontram em ilhas vizinhas, sons que você houve quando chega perto de algumas das estruturas (geralmente torres de guarda e acampamentos das Reapers). Isso tudo sem falar da maravilhosa trilha sonora composta por uma seleção incrível de músicas clássicas de ação e aventura.
Foi nesse mundo que eu cresci, de criança até pré-adolescente e depois para minha adolescência. Sendo uma pessoa bem diferente e fora de sintonia com os outros, eu preferia ficar sozinha na escola. Então eram os personagens do jogo que me faziam companhia, brincavam comigo e me faziam sorrir com uma alegria tão pura e inocente que só as crianças têm. As ilhas eram o meu segundo mundo (ou primeiro, pois eu geralmente passava mais tempo lá do que aqui), era um refúgio no qual eu me isolava do resto do mundo e podia me considerar livre, normal, sendo eu mesma. Lá eu me sentia em casa, pois era um mundo despreocupado no qual as coisas eram como eu queria sem aquele peso da realidade.
Eu chegava na escola de manhã e ficava lendo a revista do jogo pela milésima vez. No recreio ficar sozinha na sala era o que eu mais queria, pois eu ficava escrevendo as histórias dos meus próprios jogos (naquela época eu queria ser uma designer de jogos, como é bom ser criança) e quando chegava em casa, jogava a mochila num canto e já ligava meu computador e entrava no meu mundinho particular, meu mundo alternativo em 3D.
Durante a tarde eu fazia pipoca com calda de chocolate e ficava na frente do pc dando uma pausa e ouvindo as músicas que tocavam durante o jogo. Ah, música? Claro, e o meu playlist da época? Me lembro de jogar e voar pelas minhas ilhas com o meu foguete a jato de combustível limitado dos Meccs ao som de bandas de rock alternativo, entre as que mais se destacavam: Learn To Fly do Foo Fighters, Every Morning do Sugar Ray, Fly Away do Lenny Kravits, Stuck In A Moment do U2, How You Remind Me do Nickelback (sim. Era fã deles desde esses tempos remotos), It’s My Life/Have a Nice Day do Bon Jovi e muitas outras.
Foi assim por dois longos anos a minha vivência nesse mundinho paralelo, até eu acabar enjoando por não ter mais o que fazer de diferente no jogo, pois GCK não é um desses games modernos de RPG nos quais você pode fazer o que quiser. Pelo contrário, ele é um jogo no qual as coisas são bem limitadas e deixa muito a desejar se comparado aos atuais. Porém, reforço o que disse: para um jogo feito há tanto tempo ele é bem caprichado e compensa muito. Acaba não sendo um cansativo já que o foco dele é simplesmente simplicidade e diversão.
Bom, depois desses dois anos tive a oportunidade de jogar online, o que foi problemático para a minha internet discada da época. De uma forma ou de outra foi muito legal e eu conheci muita gente do mundo todo. O interessante é que eu fiz boas amizades e ainda tenho contato com algumas hoje em dia. Na época o meu inglês era vergonhoso, mas para quem ainda não tinha feito um curso eu até que entendia bastante coisa. Inclusive isso foi uma coisa pela qual eu me interessei ainda mais após conhecer esse jogo. Já gostava de inglês e estudava sozinha quando criança, mas com Giants minha vontade e sede de conhecimento aumentaram muito, tanto que eu até tive a idéia de fazer uma tradução dos diálogos de GCK. No fim, exatamente três meses depois de conhecer aquele pessoal todo de outros países, eu comecei meu sonhado curso de inglês e descobri o que era ser a sabe tudo da sala, além de ser bem próxima da professora, com quem fiz uma amizade muito especial. Ah eu sinto tanta falta daqueles tempos...
Naquela época meu playlist havia se modificado e entre minhas músicas preferidas da época estavam: Dirty Little Secret do The All American Rejects, Dance Dance do Fall Out Boy, Have A Nice Day do Bon Jovi, I Write Sins Not Tragedies do Panic! At The Disco, Best of You do Foo Fighters, Losing My Religion do R.E.M. Foi nessa época que virei fã incondicional do Nickelback, ficando tão viciada que passei os dois anos seguidos ao som deles diariamente, A mesma coisa aconteceu cm também Nirvana. Ah, bons tempos sem dúvida!
Como provam as imagens que vocês podem ver ao longo do artigo, GCK é um jogo incrível que lhe dá a possibilidade de explorar um mundo cheio de ilhas majestosas, completamente diferentes umas das outras. ilhas onde o céu é algo feito para se admirar, com nuvens tão coloridas que noz fazem pensar que fomos transportados para um mundo no qual o crepúsculo dura uma eternidade.
Mas você não está nesse mundo como um mero humano, a variedade encontrada nas três raças principais é incrível. Já imaginou poder voar por este cenário fabuloso e ficar tão absorvido pelo jogo a ponto de chegar a sentir um frio na barriga? É exatamente isso que você pode fazer/sentir jogando com um Mecc. Além de poder voar, essa raça tem acesso a muitos apetrechos; como por exemplo, uma mochila que transforma seu personagem em um arbusto (o que o torna invisível aos olhos do inimigo); um escudo ou até mesmo uma mochila-bomba que quando ativada explode causando dano a uma enorme área.
Agora não pense que GCK se resume à tecnologia avançada. Talvez o contraste mais interessante no jogo seja que a magia também está presente nele como um dos elementos principais.
Dominando as Sea Reapers você pode usar diversos encantamentos elementais e mostrar para os seus inimigos quem é que está no comando. Elas podem se teletransportar para locais remotos, criar explosões mágicas, diminuir a velocidade do tempo, encolher o inimigo, se transformar numa luz que envenena qualquer criatura que entre em contato com elas, invocar um tornado ou um monstro marinho com a habilidade de cuspir uma gigantesca bola de fogo capaz de chegar em qualquer ponto da ilha que elas desejarem, entre muitos outros encantamentos que podem ser comprados na loja de feitiços (Spell Shop).
Tanto os Meccs quanto as Sea Reapers necessitam recarregar suas munições. As lojas de munição/feitiços podem ser encontradas nas maiores ilhas. Normalmente alguns guardas das Reapers estão guardando o local, isso quando não há uma torre de tiro para cumprir esta função.
As habilidades de Kabuto já são mais limitadas (e eu diria que as menos divertidas). Ele pode dar enormes saltos e arremessar coisas ou criaturas no mar ou em outros oponentes – o que é uma ótima arma.
E só para constar: durante todo o artigo eu dei mais ênfase ao Single Player. Os jogos online também são muito divertidos, porém, algumas das idéias que os criadores do jogo tiveram não funciona de forma adequada pra partidas entre mais jogadores. Um exemplo disso é a categoria de Construção de Base. Enquanto que no modo para apenas um jogador construir uma base é algo bem divertido, no jogo multiusuario não passa de algo chato no qual os recursos não podem ser muito aproveitados. As partidas online geralmente resumem-se em dois grupos de pessoas se matando para obter pontos para a equipe toda ou individualmente.
GCK: História e Personagens Principais
Chegou a hora de apresentar de uma vez por todas um pouco sobre a trama do jogo, do que se trata e quais são os personagens envolvidos. Deixo claro que a descrição dos mesmos não foi feita por mim, e sim tirada da revista:
Meccaryns
Cinco trabalhadores alienígenas: Baz, Tel, Reg, Gordon e Bennett – conhecidos também como Meccs; em férias a caminho do conhecido planeta Majorca, são engolidos por um peixe espacial gigante e defecados nas vizinhanças de um planeta formado por diversas ilhas. Forçados a permanecer na ilha para consertar sua nave, os Meccs têm a vantagem de trabalhar em grupo e sua tecnologia superior para enfrentar seus atacantes. O objetivo deles é consertar a nave e voltar para suas merecidas férias em Majorca, mesmo que tenham que matar tudo na ilha...
Sea Reapers
Exóticas criaturas femininas com olhos vermelhos e pele azulada, as Sea Reapers foram a forma dominante de vida nesse planeta por muito tempo. Elas controlaram a vida nas ilhas com poder obsoluto, quase tirânico. Em uma tentativa de desencorajar a aproximação de qualquer visitante indesejado, elas criaram Kabuto, uma criatura gigante com tendência á brutalidade. Infelizmente para elas, Kabuto era adaptado demais á sua função. Ele não apenas defendeu as ilhas contra quaisquer intrusos, mas também afugentou as Sea Reapers para os oceanos. Adaptando-se a sua nova morada, as Sea Reapers desenvolveram poderes místicos – de ataques com espada e arco na velocidade de um raio, a encantamentos elementais em larga escala.
Kabuto
Criado pelas Sea Reapers para defender as ilhas, Kabuto se descontrolou um pouco e perseguiu as Sea Reapers até elas fugirem para o oceano. Cem vezes mais alto que uma pessoa normal, Kabuto é um bruto enorme, capaz de engolir oponentes inteiros e destruir vilas inteiras com sua traseira. Embora pareça divertido jogar com um monstro de 900 toneladas de ossos e músculos, há um problema. Quando as Sea Reapers criaram Kabuto, elas deram a ele um único defeito fatal – um ponto fraco na sua pele grossa, localizado diretamente no centro do seu abdômen.
Os Smarties são pequenos e fortes indígenas que habitam as ilhas. No jogo individual, os Smarties guiarão você pelo jogo, objetivos da missão e ajudar a construir uma base. No jogo multiusuario, os Smarties são usados principalmente para construir bases.
Para as Sea Reapers e os Meccs, os Smarties são recursos necessários para construção de uma base. Os Smarties não apenas levantam as estruturas, como também desenvolvem novas armas para as Reapers e os Meccs. Mas para que os Smarties sejam produtivos, você primeiro tem que fazê-los felizes. Proteja-os, alimente-os e então ofereça a eles um pub onde eles possam ficar bêbados.
Kabuto usa os Smarties de uma maneira um pouco diferente. Ao invés de alimentar e cuidar desses safados, Kabuto simplesmente os come. Quando no estomago de Kabuto, os Smarties se transformam em um ovo mutante. Logo depois, o ovo vai rachar e produzir um dos filhotes de Kabuto.
Cada um dos três personagens principais pode agarrar e carregar Smarties. Quando um Mecc encontra um Smartie, este vai subir nas suas costas. Quando uma Sea Reaper encontra um Smartie, ele vai ser encapsulado em uma bolha protetora, que seguirá a Reaper. Kabuto pode pegar alguns Smarties e empalá-los em seus chifres.
Cada um dos três personagens principais pode agarrar e carregar Smarties. Quando um Mecc encontra um Smartie, este vai subir nas suas costas. Quando uma Sea Reaper encontra um Smartie, ele vai ser encapsulado em uma bolha protetora, que seguirá a Reaper. Kabuto pode pegar alguns Smarties e empalá-los em seus chifres.
Extremamente dóceis e não muito inteligentes, os Vimps são o gado das ilhas. São geralmente encontrados em manadas, passeando pelas planícies idílicas, pastando enquanto esperam sua terrível morte. Vimps cozidos são a necessidade básica na dieta dos Smarties, enquanto que Kabuto prefere devorá-los crus. De qualquer forma, a carne de Vimps restaura a energia perdida, assim como uma bebida energética, só que com ossos.
Os Meccs se abstêm do consumo de Vimps. Ao invés disso, eles precisam da carne dos Vimps para manter os Smarties felizes em sua base.
As Sea Reapers também precisam dos Vimps, mas ao invés de colher a sua carne, elas têm que matar os Vimps e colher suas almas. Elas usam essas almas para dar energia aos mecanismos místicos que mantêm a sua base funcionando.
As Sea Reapers também precisam dos Vimps, mas ao invés de colher a sua carne, elas têm que matar os Vimps e colher suas almas. Elas usam essas almas para dar energia aos mecanismos místicos que mantêm a sua base funcionando.
Os Guardas são à força de ataque das Sea Reapers. Você geralmente vai encontrar grupos de guardas patrulhando os vales das ilhas ou guardando um acampamento de Reapers, carregando armamento pesado. Eles também geralmente aparecem quando você esta construindo sua base, dificultando o seu trabalho e dos seus Smarties. Há muitos tipos de guardas, com armas e meios de transportes diferentes. Você deve ficar alerta e esperar qualquer coisa do encontro com esses caras, especialmente se a Reaper Kamikase fizer uma de suas raras aparições.
Raiks
Essas criaturas têm o tronco de uma mulher de pele azul e a parte de baixo de uma vespa. As Raiks têm muitas das habilidades mágicas das Reapers – turbo, teletransporte e camuflagem, apenas para citar algumas. Assim como as Reapers, as Raiks manejam a espada e o arco com grande habilidade. Geralmente se encontram no comando de um grupo de guardas das Reapers.
Rainha Sappho
Sappho era a mais poderosa e cruel das Reapers que sobreviveram ao massacre de Kabuto – e teve o direito de se tornar a rainha das Reapers. O seu objetivo principal é colocar as Sea Reapers em posição dominante nas ilhas. Ela sempre quis que sua filha, Delphi, se tornasse uma poderosa aliada dessa causa. Delphi, entretanto, se mostrou teimosa e rebelde, considerando as ações da mãe cruéis e tirânicas.
Acredito que já deu pra ter uma boa ideia sobre a trama. Também ficou claro que selecionei apenas os personagens e raças mais relevantes na história, não me prendendo em detalhes que não acrescentariam nada.
Acredito que já deu pra ter uma boa ideia sobre a trama. Também ficou claro que selecionei apenas os personagens e raças mais relevantes na história, não me prendendo em detalhes que não acrescentariam nada.
Para finalizar o artigo, preparei uma galeria de imagens de minha autoria, já que todas as que se encontram no texto acima foram as que escolhi por serem as mais antigas. Eu queria mostrar meus locais e ilhas preferidas; que são os lugares por onde eu me metia por muito tempo, explorando tanto que até hoje conheço as ilhas com a palma das minhas mãos. O jogo em si apresenta diversas outras ilhas, por isso as que você verá na galeria são só uma pequena fração delas.